terça-feira, 8 de novembro de 2011

A FAMÍLIA INSTITUIÇÃO

Podemos observar a fotografia da Família Braulio Oliveira   aproximadamente  ano de 1919 perto da cascata do arroio Itaquarinchim. Através dela analisamos diversas variáveis e perspectivas  daquela época. Nosso imaginário popular observa desde sua posição social até a vestimenta e como não poderia faltar a clã Família. E hoje iremos discorrer sobre a Família que está sendo discutida pelos quatro cantos do universo. Buscamos alguns dados interessantes que iremos transcrever  respeitando suas pesquisas realizadas.
Corrêa (1982) relata que a família patriarcal é a imagem mais representativa no Brasil, sendo um modelo fixo onde os  integrantes apenas são substituídos no decorrer das gerações. Na história brasileira, esta família sempre foi vista como uma instituição que impôs normas e valores morais desde o Brasil  Colônia (SAMARA, 2002). Na família patriarcal, as práticas sociais como a submissão da mulher e o casamento entre parentes eram consideradas como forma de demonstrar a importância da linhagem e de seu contexto histórico dentro da sociedade da época (JOSÉ FILHO, 1998, p.47).  Assim, o modelo de família patriarcal descrita na literatura brasileira clássica estabelece um conceito único e cristalizado sobre a família, no qual as relações eram caracterizadas pela autoridade do chefe de família sobre os negros e sua submissa família (SOUZA; BOTELHO, 2001).
 A transformação dessa família patriarcal ocorreu devido ao avanço da industrialização, sendo trocada pela  família conjugal moderna, típica do mundo urbano e reduzida ao casal com filhos. Neste caso a relação conjugal já não possui mais em sua essência a manutenção de uma propriedade comum ou de interesses políticos, mas agora sua essência está voltada também para a satisfação de impulsos sexuais e afetivos (CORRÊA, 1982).
Para Mello (2000), o modelo da família nuclear tradicional, marcada pela figura do pai como chefe de família e pela mãe que vive em função da educação dos filhos e do zelo pela casa, é aclamado pelas pessoas e até mesmo pela mídia, que o veicula como um modelo ideal de família.  Segundo as pesquisas realizadas por  Romanelli (2000), pode-se notar que algum tempo atrás o relacionamento entre pais e filhos era exercido pela autoridade parental, o que acabava por ocultar e até mesmo distanciar todo tipo de afetividade. Em tais tipos de relacionamento, frutos do modelo hegemônico de família nuclear, a ação socializadora do pai estabelece uma  diferença com a ação socializadora da mãe, porque o pai está mais associado com a ação, enquanto que a mãe está associada com a passividade, característica feminina de tempos mais remotos. A incumbência da mulher de preparar seus filhos para a sociedade é mediada entre a autoridade e a afetividade que já é decorrente do vínculo entre mãe e filho desde o período da gestação. 
De acordo com toda essa mudança de estrutura familiar, juntamente com a entrada da mulher no mercado de trabalho,  o homem passou a participar mais da educação e dos cuidados com o filho. Esse fator então, propiciou uma melhoria tanto para os filhos como para a mulher  que passou a obter maior apoio do homem na participação na vida dos filhos. Isso evidencia a superação do homem que passou do papel de provedor familiar, para um papel de maior engajamento na educação 3 dos filhos, favorecendo então, a qualidade do  envolvimento com sua prole (CIA et al., 2006).
Apesar das mudanças observadas nas  concepções de família, as pessoas demoram a se modificar e, para completar, hoje coexistem vários modelos de família que podem ser explicados por alguns fenômenos sociais como: o aumento de casas formadas por pessoas que não são da mesma família; diminuição da quantidade de pessoas por família; crescimento dos divórcios; crescimento de casais sem filhos; “hierarquias” que anulam o padrão da típica  família nuclear, como por exemplo, quando a mulher é o “chefe” da casa (CARVALHO; ALMEIDA, 2003).
Bilac (2000) também faz uma reflexão acerca dos diferentes estilos familiares que correspondem a novos papéis saindo  do padrão de parentesco. Essas novas mudanças estão ocorrendo devido às transformações no mundo da mulher, o que afeta também o papel masculino. Tais mudanças observáveis podem levar a conclusão do fim do modelo familiar institucional, o que pode  guardar uma forte relação com o individualismo presente na contemporaneidade.
Ao fazer um retrospecto a respeito da história do município no qual a já no século XIX, a cidade se  tornara grande em artesanato, produção No período de 1910, predominavam as  oficinas artesanais conjugadas às casas, que produziam selas, arreios, chinelos, calçados, botas, entre outros. O trabalho era totalmente manual, com a utilização do “prego e da banqueta”. 
O trabalho a domicílio, característico da fase pré-fabril do capitalismo, persistiu por muito tempo como forma produtiva predominante na indústria.
Segundo Emaneuel Souza a Família Contemporânea está assim dividida: A Família Monoparental é aquela formada pelos filhos e apenas um dos genitores, ou seja o pai ou a mãe.
 A Família Nuclear é o tipo mais comum de família. É o grupo formado pelo casal e filhos.
 A Família Conjugal, aquela em que os papéis sociais de gênero resultam em igualdade entre o casal quanto as decisões para com a família e nas responsabilidades na criação dos filho e na administração da casa.
Quando se formam novos casais que reúnem pessoas que já tem filhos e todos coabitam, o casal e os filhos de casamentos anteriores, nasce aquilo que é chamado de Família recomposta.
A Família Extensa, esta corresponde ao “esticamento” da família em direção gerações anteriores ou posteriores à família nuclear. Por exemplo, quando os pais de um parceiro do casal passa a coabitar com a família nuclear ou quando um dos filhos forma sua família e coabita na casa de sua família nuclear original.

Um comentário:

  1. É uma pena que esse blog não foi continuado, riquíssimas informações da nossa história missioneira e santoangelense.

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