segunda-feira, 6 de junho de 2011

José Goldemberg, filho da nossa terra.


                                        José Goldemberg, professor, físico e político brasileiro.


Às vezes estamos em busca de algo novo para escrever, mas que esteja ligado à história de Santo Ângelo. Tempos atrás, quando realizava meu trabalho no Arquivo histórico Municipal Augusto César Pereira dos Santos sempre recebia a visita do Confrade Wilmar Campos Bindé ( Acho falta das conversas), comentou a visita que José Goldemberg realizou em nossa cidade.
        Fui em busca de dados, para ter maiores informações sobre o senhor José Goldemberg. NasceuSanto Ângelo, 27 de maio de 1928 é um professor, físico e político brasileiro, membro da Academia Brasileira de Ciências.Foi reitor da Universidade de São Paulo (1986 - 1990). No governo federal, foi secretário da Ciência e Tecnologia (1990 - 1991), ministro da Educação (1991 - 1992) e secretário do Meio Ambiente (março a julho de 1992), durante o governo de Fernando Collor de Mello.
Foi Secretário do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo.
Em 2000, recebeu o Prêmio Volvo do Meio Ambiente e em 2008, o prêmio Planeta Azul, oferecido pela Asahi Glass Foundation, considerado um dos maiores da área (Meio Ambiente).
Ligações externas:
• Academia Brasileira de Ciências - Biografia (em português)
• Sustainable Energy Institute - Biografia (em inglês)
• Universidade de Yale - Environment and Development Students' Interest Group - Biografia (em inglês)
Em uma entrevista na Bioclima (Revista Virtual), relatou fatos sobre a nossa cidade, sobre a sua família que era de imigrantes judeus que tinha vindo da Rússia no começo do século, numa daquelas ondas de imigração anteriores a Primeira Guerra Mundial, era uma imigração por razões econômicas e não políticas. Era uma época em que o Barão Hirsch, um daqueles barões, estava instalando colônias de judeus no Rio Grande do Sul e na Argentina, e seus pais e seus avós vieram nessa onda. Foram para uma cidadezinha pequena, para serem agricultores, o que obviamente não funcionou e acabaram se tornando comerciantes. E José Goldemberg acabou nascendo nessa cidadezinha, que é famosa porque é de lá que começou a Coluna Prestes, quando Prestes começou a revolução dele em 1924 foi de lá que ele partiu. “Meus pais, olha, eles não eram casados quando eles vieram, eles vieram acho que na mesma leva de imigrantes.Residi em Santo Ângelo até 5 anos de idade”. Na entrevista salientou que possuía três irmãs, e foram para Porto Alegre e é interessante porque a família foi para lá, para dar melhores oportunidades educacionais para os filhos, que é uma característica dos judeus e de outros povos também. Estudou então o Grupo Escolar, que tinha naquele tempo em Porto Alegre, com uma professora maravilhosa que lembra até hoje e que despertou um pouco o interesse por ciência. E depois estudou em uma escola, famosa, Colégio Estadual Júlio de Castilhos, que era uma escola laica, uma escola positivista que tinha sido criada pelos generais que fizeram a Revolução Republicana do fim do Império. Era uma escola muito boa e foi lá que decidiu tornar- se um cientista.
( O entrevistador) -O senhor começou a sua fala falando da sua cidade, da Coluna Prestes, depois o senhor falou em 1945 do término da Segunda Guerra, discutia-se política nessa época na sua casa, tinha esse interesse?
Na universidade se discutia a beça, porque era o período pós-guerra, com uma grande efervescência política, com eleições que não tinham ocorrido no Brasil desde 1930, ascensão do movimento trabalhista e do próprio Partido Comunista do Brasil, Prestes. Era um período bem romântico, na universidade os meus colegas eram quem: era o Fernando Henrique, o Caio Prado, essas grandes figuras que depois se tornaram os dirigentes do país, teve o Florestan Fernandes. Mas era na universidade, eu tenho a impressão de que a minha família era suficientemente pobre para se preocupar muito mais com a sobrevivência do que com esse tipo de coisa. Sob esse ponto de vista a universidade é um lugar maravilhoso porque você fica lá o dia todo e tem tempo para pensar em grandes coisas, inclusive pensar em melhorar o mundo, que é o que motiva os estudantes durante o período da universidade.
Observação: que souber mais sobre a história e conviveu ou continua tendo contato com o Senhor José Goldemberg envie e-mail para esta colunista.

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