quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Adamovich: Uma história de vida fascinante

Catedral Angelopolitana - o frontispicio adornado pelas esculturas dos Sete Santos Missioneiros: obras de Adamovich.


Outra obra de Adamovich em São João Batista, Entre-Ijuis. A Obra é uma homenagem ao seu conterrâneo Pe. Antônio Sepp e faz alusão a fundição de ferro nas Missões.

Uma história de vida fascinante. Um artista marcado por suas escolhas, pelo período histórico em que viveu, pela dor e pela força de sua arte. Um artista que trocou a nobreza européia pela vida no interior do sul brasileiro. Viveu, trabalhou e morreu em Santo Ângelo.
As obras de Valentin Von Adamovich são o foco das lentes da máquinas fotográficas dos turistas na catedral, no monumento ao Pe. Antônio Sepp em São João Batista e em outras inúmeras obras espalhadas pela região e pelo estado. No frontispício da Catedral Angelopolitana, os Sete Santos perduram ao longo do tempo.
Foi durante a obra do fronte da Catedral que o fim de Adamovich se desenhava. Atingido durante a queda de um dos blocos de pedra, tendo um rim esmagado, conforme relato de sua esposa ao professor Mário Simon*, é que se desenvolveu um tumor que levaria o artista a morte em 1961.
Conforme relato do professor Mário Simon no Jornal A Tribuna Regional de 17/06/1997, a própria igreja que ajudou a adornar negou-lhe a encomendação de seu corpo, pois os padres não reconheciam seu matrimônio com D. Clarina Lunkes, já que o mesmo havia se separado de sua primeira esposa quando deixara a Áustria e viera fixar residência aqui na região missioneira.
Sua história se não fosse real seria um belíssimo romance. Deixo então que fale com essa propriedade literária o escritor Manoelito de Ornellas, amigo de Adamovich e que lhe prestou uma homenagem no Jornal Correio do Povo em 23/05/1961, coluna essa que se encontra descrita na íntegra no post abaixo.

*SIMON, Mário. Valentin Von Adamovich: o gênio esquecido. Prefeitura de Santo Ângelo, 2001.

Um comentário:

  1. Fantástica esta história, sou alfabetizadora do Programa Brasil Alfabetizado, e desenvolvo atividades no Lar da Velhice Suzana Wesley, desta forma, tive conhecimento desta história, pois uma de sua filhas vive no lar e tem muito orgulho de seu finado pai.
    Solange Backes

    ResponderExcluir