sábado, 30 de abril de 2011

EXPOSIÇÃO NACIONAL DO MILHO



Wali Sachs, priemeira rainha da FESTA NACIONAL DO MILHO, em 1954
Em 1952, ocorreu uma reunião de lideranças regionais envolvendo os municípios de Santo Ângelo, Ijuí e Santa Rosa, destacando a pessoa empreendedora da época, Rosalvo Scherer, ocorreu a realização da PRIMEIRA FESTA DO MILHO, simultaneamente com a EXPOSIÇÃO DE MILHO, MÁQUINAS E MATERIAIS AGRÍCOLAS E FERTILIZANTES na cidade de Ijuí, no período de 25 de julho ( Dia do Colono) a 3 de agosto.

No ano de 1953, Santa Rosa sediou o acontecimento na qual foi chamado de FESTA NACIONAL DO MILHO, abrigando a Exposição Industrial e Agropecuária, no período de 25 de julho a 2 de agosto.

Consta em busca de dados no Arquivo Histórico Municipal Augusto César Pereira dos Santos, que a FESTA NACIONAL DO MILHO ocorreu em 1954, entre 15 de agosto e 7 de setembro em Santo Ângelo, com a denominação de III FESTA EXPOSIÇÃO NACIONAL DO MILHO, contando com a supervisão da Associação Serrana de Defesa dos Agropecuaristas, sendo apoiada pelos governos da União e do Estado, e classes representativas da região serrana missioneira. O evento aconteceu na administração do prefeito Odão Felipe Pippi, onde atualmente encontra- se o Instituto Educacional Sepé Tiaraju, pois não existia parque de exposição. O presidente foi Valença Guedes Soares e as soberanas foram Wali Sachs Voese, Marga Fetter e Oracilda Alcântara. A Feira foi cancelada por alguns dias, pois no dia 24 de agosto o povo brasileiro foi surpreendido com a morte do Presidente do Brasil, Getúlio Vargas.

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domingo, 20 de março de 2011

O ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL AUGUSTO CÉSAR PEREIRA DOS SANTOS-

O Arquivo Histórico Augusto César Pereira dos Santos, foi criado pelo decreto nº 2.202 de 23/03/1993  no governo municipal de Adroaldo Mousquer Loureiro e decretado como Patrimônio Histórico e Cultural do Município pela lei nº 2.792 de 04/11/2004 na administração municipal de José Lima Gonçalves, levando-se em conta a importância do seu acervo documental para a história política, social, econômica e administrativa de Santo Ângelo e região missioneira e o grande Santa Rosa. O acervo do arquivo é de grande relevância para a pesquisa e o desenvolvimento cultural e intelectual não apenas para Santo Ângelo, mas para os demais municípios da região que no passado fizeram parte de nossa cidade do ponto de vista . Podemos encontrar alguns documentos que fazem parte do acervo que estão divididos em:hemeroteca,biblioteca,fototeca,mapoteca,micelânia, exposições fotográficas e a educação patrimonial.Portanto o AHMACPS está completando 18 anos.
O interessante é observar a integração do Arquivo Histórico com o mundo contemporâneo da internet, tudo é possível e somente assim o documento papel não morrerá.Hoje, além de manter a Coluna Memória no Jornal das Missões aproximadamente 12 anos, divulgamos  noblog:santoangeloemfatosefotos.blogspot.com/, a história de Santo Ângelo e  missões e noroeste da região através de fotografias e textos.
O Arquivo Histórico funciona junto à Secretaria Municipal de Cultura, no Centro Municipal de Cultura na Rua Três de Outubro, nº 800. E está aberto aos pesquisadores, professores, alunos e comunidade em geral. Visitas com trabalho de educação patrimonial e explanação sobre a História do município podem ser agendadas e o atendimento ao público é realizado de segunda- feira à sexta- feira a no seguinte horário: 8h e 30 min. às 11 e 30 min e o telefone é 3313 6321. 
   Palestra sobre  Educação Patrimonial - A importância do Arquivo Histórico Municipal"- participação dos professores da rede municipal de Educação. Observamos a presença do Secretário Municipal de Educação Délcio Freitas- 2010- agosto

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O ANTIGO CARNAVAL EM SANTO ÂNGELO

Festa popular, o carnaval ocorre em regiões católicas, mas sua origem é obscura. No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal. Hoje é uma das manifestações mais populares do país e festejado em todo o território nacional.
O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou.
O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.
A própria origem do carnaval é obscura. É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco. Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio — o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.
Carnaval no Brasil. Nem um décimo do povo participa hoje ativamente do carnaval— ao contrário do que ocorria em sua época de ouro, do fim do século XIX até a década de 1950. Entretanto, o carnaval brasileiro ainda é considerado um dos melhores do mundo, seja pelos turistas estrangeiros como por boa parte dos brasileiros, principalmente o público jovem que não alcançou a glória do carnaval verdadeiramente popular. Como declarou Luís da Câmara Cascudo, etnólogo, musicólogo e folclorista, "o carnaval de hoje é de desfile, carnaval assistido, paga-se para ver. O carnaval, digamos, de 1922 era compartilhado, dançado, pulado, gritado, catucado. Agora não é mais assim, é para ser visto".
O entrudo, importado dos Açores, foi o precursor das festas de carnaval, trazido pelo colonizador português. Grosseiro, violento, imundo, constituiu a forma mais generalizada de brincar no período colonial e monárquico, mas também a mais popular. Consistia em lançar, sobre os outros foliões, baldes de água, esguichos de bisnagas e limões-de-cheiro (feitos ambos de cera), pó de cal (uma brutalidade, que poderia cegar as pessoas atingidas), vinagre, groselha ou vinho e até outros líquidos que estragavam roupas e sujavam ou tornavam mal-cheirosas as vítimas. Esta estupidez, porém, era tolerada pelo imperador Pedro II e foi praticada com entusiasmo, na Quinta da Boa Vista e em seus jardins, pela chamada nobreza... E foi livre até o aparecimento do lança-perfume, já no século XX, assim como do confete e da serpentina, trazidos da Europa.
O Zé-Pereira. Em todo o Brasil, mas sobretudo no Rio de Janeiro, havia o costume de se prestar homenagem galhofeira a notórios tipos populares de cada cidade ou vila do país durante os festejos de Momo. O mais famoso tipo carioca foi um sapateiro português, chamado José Nogueira de Azevedo Paredes. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foi ele o introdutor, em 1846, do hábito de animar a folia ao som de zabumbas e tambores, em passeatas pelas ruas, como se fazia em sua terra. O zé-pereira cresceu de fama no fim do século XIX, quando o ator Vasques elogiou a barulhada encenando a comédia carnavalesca O Zé-Pereira, na qual propagava os versos que o zabumba cantava anualmente: E viva o Zé-Pereira/Pois que a ninguém faz mal./Viva a pagodeira/dos dias de Carnaval! A peça não passava de uma paródia de Les Pompiers de Nanterre, encenada em 1896. No início do século XX, por volta da segunda década, a percussão do zé-pereira cedeu a vez a outros instrumentos como o pandeiro, o tamborim, o reco-reco, a cuíca, o triângulo e as "frigideiras".
O uso de fantasias e máscaras teve, em todo o Brasil, mais de setenta anos de sucesso — de 1870 até início do decênio de 1950. Começou a declinar depois de 1930, quando encareceram os materiais para confeccionar as fantasias — fazendas e ornamentos –, sapatilhas, botinas, quepes, boinas, bonés etc. As roupas de disfarce, ou as fantasias que embelezaram rapazes e moças, foram aos poucos sendo reduzidas ao mais sumário possível, em nome da liberdade de movimentos e da fuga à insolação do período mais quente do ano.
FONTE: Miniweb Cursos e outros.
 Os depoimentos seguintes são do senhor Antônio Rousselet, ressaltamos que mantemos a originalidade dos textos.
CARNAVAIS EM SANTO ÂNGELO E NA REGIÃO SERRA- MISSÕES
Antonio José Rousselet
"Os carnavais no Brasil e no Rio Grande do Sul, que surgiram a partir da década de 1930 eram pautados por 90% de marchas carnavalescas de tom vibrante e entusiasta, notadamente quando surgiu a música “ É de Zé Pereira”, marcha cantada com muita animação. Nossos carnavais no Rio Grande do Sul eram semelhantes aos da Argentina e Uruguai. Realizavam- se nos clubes, muitos animados, com danças de cordões e rodas. Pulava- se muito. As canções eram geralmente marchas. Formavam- se blocos, principalmente dos clubes. Havia “assaltos” de blocos carnavalescos nas casas de famílias, que eram obrigadas a dar uma festa com música.Havia um desfile pelas ruas, redor das praças. Participavam os blocos com carros alegóricos, bandas de músicas, clarins à cavalo. Chamava- se “O Corso”. Fantasias muito bonitas. Para animar os foliões usavam lança perfume, serpentina e confete. Enfeitavam os salões de baile. Usavam máscaras. Durante um mês antes, eram bailes todos os sábados. No fim de semana que antecedia a terça- feira do carnaval eram quatro noites de folia, com matinés, em quase todos os clubes da cidades. Geralmente infantis."
Maria da Conceição Rousselet desfilando no carnaval do Clube 28 de Maio em 1960


CARNAVAL E 1942

“ Nesse ano participamos do carnaval , pertencendo ao bloco de estudantes do Clube gaúcho. Os rapazes com fantasia de Marinheiro. Eram 30 membros, entre rapazes e moças. Participamos dos bailes dos 3 clubes, Comercial, Gaúcho e Clube 28 de Maio. Grande animação dos foliões. Ainda participamos dos assaltos nas casas dos senhores Coronel Sabo e Dr. Gomercindo Medeiros. Todos com grande alegria e entusiasmo. Em todos esses carnavais havia também, aqui, em Cruz Alta o Carnaval de Água, que consistia em banho de duchas e baldes atirados em todos que passavam no desfile e, mesmo nos que passavam pela rua. No sábado seguinte ao fim do carnaval havia o baile do Enterro dos Ossos ( proibido pela igreja, já em plena quaresma.”)
 
CARNAVAIS -1960,1972...1990

"Participamos, alternativamente de muitos carnavais. Os carnavais de 1960 a 1972 foram os mais divertidos. Participamos junto com Alceu Berwanger e Ruth, Eloy Pedrazza, Juarez Feijó e outros casais do bloco do 28 de Maio, do bloco dos Casais. Eram bailes nos três clubes daqui de Santo Ângelo, mais no clube de Ijuí, para onde nos deslocávamos."


“...Oi você aí me dá o dinheiro aí...”

“...Lua, oh lua, querem te passar para traz...”


"Eram as principais músicas que surgiram.Dançavam e pulavam ao som da música nos salões e entorno das mesas. Movidas sempre ao som das músicas e com muito Wisky, cerveja e conhaque. Parece que as pessoas naquelas noites libertavam seu eu do corpo físico... se divertindo muito vivendo num mundo de fantasia."


Seu Antonio Rousselet e sua esposa Maria no carnaval de salão


O senhor Eloir Taborda e sua esposa  Carmen Silvia no carnaval do Clube Comercial. Ano: 1967
O senhor Eloir Taborda  e sua esposa no carnaval do Clube Comercial. Ano:1968

   Carnaval no Clube Gaúcho. Eloir Taborda e sua esposa Carmen Silvia. Década de 70

Agradeço ao Senhor Antonio José Rousselet, ao Senhor Eloir Taborda e a Confreira Vanda Prado pelos seus depoimentos. Certa de ter atingido o objetivo para a concretização da exposição de fotografias antigas de Santo Ângelo.



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Chiquinha Gonzaga - O abre alas (carnival march - 1939)

CARNAVAL DE ANTIGAMENTE EM SANTO ÂNGELO


Estamos organizando uma exposição sobre o "CARNAVAL ANTIGO." Encontramos em no nosso acervo fotografias que faltam identificação. Estamos convidando você, a família, os amigos para uma viagem ao passado. Poste seu comentário se identificar a fotografia. Agradecemos.Faça a sua história contando  outra história!!!
(1)
ABRE ALAS
(Chiquinha Gonzaga, 1899)

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar

(2)
         Bloco " Mexicanos"- Clube 28 de Maio. Década de 60

...Mas que calor, ô ô ô ô ô ô...


(3)
Bloco " Chinesinhos"- Clube 28 de Maio
...Se você fosse sincera
                                                                 Ô ô ô ô Aurora...
(4)
         Bloco " Mexicanos"- Clube 28 de Maio. Década de 30.
Ô balancê balancê
                                                                  Quero dançar com você...


(5)
Seu Antonio Rousselet e a esposa Maria

Bandeira branca amor
                                                                 Não posso mais....

(6)
      Juventude do Clube 28 de Maio- Decada de 60
 
                                                     Olha a cabeleira do Zezé
                                                     Será que ele é..
 
(7)
                                                          Você pensa que cachaça é água
                                                          Cachaça não é água não...
(8)

Cidade maravilhosa
                                                                   Cheia de encantos mil...
(9)

Ó jardineira porque estás tão triste
                                                        Mas o que foi que te aconteceu...
(10)

...Vem jardineira vem meu amor
                                                     Não fiques triste que este mundo é todo seu...
(11)

...Tu és muito mais bonita
                                                              Que a camélia que morreu..
(12)

Mamãe eu quero, mamãe eu quero
                                                       Mamãe eu quero mamar...

(13)

 Dá a chupeta pro bebe não chorar
...Dá a chupeta, dá a chupeta
                                                          
(14)
Informações daVanda Padro : ano da foto,1948. A primeira a direita, Maria Prado; segundo (dos rapazes) Edson Prado; segunda a direia, Nadir Verri  e os últimos a esquerda Nair e Wilmar Verri.

Se a canoa não virar olê olê olá
                                                          Eu chego lá ...


(15)

Quanto riso oh quanta alegria
                                                            Mais de mil palhaços no salão...

(16)

...Arlequim está chorando
                                                                     Pelo amor   colombina             
                                                               No meio da multidão...
(17)

Ei, você aí!
                                                                         Me dá um dinheiro aí!
                                                                         Me dá um dinheiro aí!...

(18)

...Que eu vou fazer bebendo até cair
                                                          Me dá me dá me dá, ô!
                                                        Me dá um dinheiro aí!...
(19)
Baile de carnaval Infantil na década de 50. No centro da foto está o prefeito Odão Felipe Pippi.

O teu cabelo não nega mulata
                                                            Porque és mulata na cor...

(20)

A estrela d'alva no céu desponta
                                                       E a lua anda tonta com tamanho esplendor...
(21)

...Sassassaricando
                                                                    Todo mundo leva a vida no arame...
(22)
...Quem não tem seu sassarico
                                                            Sassarica mesmo só...
(23)

...Porque sem sassaricar
                                                                 Essa vida é um nó...

(24)
Carnaval de rua de 1980. Palanque oficial. Presentes: Celi Sefrin, Ede Brites e Carlos Wilson Schroeder

Taí eu fiz tudo pra você gostar de mim
                                                    Ai meu bem não faz assim comigo não
                                                   Você tem você tem que me dar seu coração...
(25)


Chegou a turma do funil
                                                                Todo mundo bebe...

(26)
A mesma fantasia de cetim
Do carnaval que passou
Eu vou vestir esse ano
Eu vou sair de Pierrot...

(27)

Moro num país tropical abençoado por Deus
                                 E bonito por natureza mas que beleza, em fevereiro, em fevereiro...
Buscas de dados: Eunísia Inês Kilian, responsável pelo Arquivo Histórico Augusto César Pereira dos Santos.
Acervo: AHMACPS e de Leoveral Goelzer Soares,  Secretário de Cultura, Lazer e Juventude

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

RODOVIÁRIA: TÓPICOS HISTÓRICOS
Consta no regimento interno do Arquivo Histórico Municipal Augusto César Pereira dos Santos que toda documentação deve ser recolhida, guardada, classificada, conservada, restaurada e posteriormente deverá ocorrer a divulgação do trabalho realizado. Os documentos devem conter temáticas da história do município e região.
A estação rodoviária de Santo Ângelo de acordo com a fotografia, estava localizada na avenida Venâncio Aires e foi construída no ano de 1952, pelo concessionário desse serviço naquela época, em nossa cidade, Henrique Schutz. Relatos confirmam que era movimentada e aproximadamente 1.500 passageiros utilizavam diariamente os serviços prestados pela rodoviária, fazendo com que a confusão de vozes das pessoas e o trânsito na quadra da Venâncio Aires entre a rua dos Andradas e a Duque de Caxias fossem “ verdadeiramente impressionantes”.
Seu Rousselet, em recente depoimento para a História Oral disserta: “ A sede da estação rodoviária foi mudada para a avenida Venâncio Aires, para um grande prédio construído apropriadamente para uma rodoviária, com um restaurante, também bem grande, tudo bem avançado para a época. Construção executada pelo engenheiro José Carlos Rousselet. Havia uma marquise, cobrindo uns 5 metros de largura”.
Na década de 60. O trajeto entre a estação férrea e a rodoviária da Venâncio Aires, de acordo com o depoimento de Wilson Wilges,era um verdadeiro “footing” a partir da chegada do trem da cidade de Cruz Alta. A conjuntura econômica no espaço era constituída da concentração de postos de gasolina como: Tigrão, Secchi, Brites e de hotéis entre eles, o Hugo, Avenida, Brasil, Maerkli, Vitória, e o próprio comércio e a indústria ali integrados.
No ano de 1969, o concessionário já estava com planos prontos para construir uma nova e moderna rodoviária. Naquele tempo foi cogitado construir a nova rodoviária na saída para Santa Rosa, o que corresponderia ser localizada na região da Salgado Filho com a Venâncio Aires, hoje, no local está o prédio da Assistência Social, pó onde então tomava- se a poeirenta estrada para Giruá e Santa Rosa. Ao passar dos tempos, acabou sobressaindo a idéia de construí- la na Vila Oliveira, onde atualmente está localizada a Rodoviária de Santo Ângelo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CINEMA AVENIDA



 No livro lançado pela Academia Santo- Angelense de Letras, “ Memórias Esparsas”-encontramos crônicas com tendência memorialista e que servem de ponto de partida para a história de Santo Ângelo. Hoje, depois das buscas de dados irei transcrever alguns relatos sobre a história o”Cinema Avenida”.
De acordo com a pesquisa do Confrade Paulo Prado, o quinto cinema de nossa cidade foi o Cine Avenida, inaugurado no ano de 1932, no local onde hoje está o Banrisul. Como este cinema sofreu um incêndio- apenas a fachada era de alvenaria e a combustão dos filmes, deu início ao fogo- anos mais tarde, no dia 15 de novembro de 1946, foi erguido o prédio atual.. Era conhecido como cinema da burguesia, frequentado por moradores do Povo Novo, conhecido como Alemanha, constituído por imigrantes alemães.
A Confreira Elsa Frey Prietto no texto sobre “ A Família Frey”, que também integra o livro”Memórias Esparsas”,elenca que no ano de 1927, deu- se a mudança para santo Ângelo, decorrente da compra que fizera Roberto Frey: a quadra da avenida Brasil, desde onde é, hoje as lojas Pompéia, esquina com a marquês do Herval até a casa de esquina da Marechal Floriano. Essa quadra abarcava vários metros quadrados com algumas casas construídas no enorme espaço..Nessa quadra, havia a casa da família. Muito espaçosa, com jardim e roseiras de rosa chá e folhagens de várias espécies; pomar com árvores frutíferas e canteiros de morangos maduros, cujo perfume atravessou o século, até hoje; um grande espaço vazio onde hoje é o Banrisul. Ao lado, foi construído o Novo Cinema Avenida. Cinema que havia já, há anos atrás.
Para o senhor Antonio Carlos Rosselet, em manuscrito entregue ao AHMSA: “foi Roberto Frey quem construiu o cinema Avenida e iniciou a fazê- loa funcionar em conjunto com seus filhos, Walter, Vilma, Norberto e a filha Taty. O Cinema Avenida era localizado na avenida Brasil, onde está o atual prédio do Banco do Rio Grande. Construção totalmente de madeira, com camarotes nas laterais. Semelhante e concorrente ao cinema Apollo, porém não tinha palco. Disputavam a clientela, porém, tinha melhor programação de filmes. Melhores companhias cinematográficas. Propagandas eram colocadas nas esquinas com cartazes... Frey tinha um conhecido que conduzia a propaganda com sua baratinha e ele vestia- se como Tom Mix e gostava de brigar a socos”.