Podemos observar a fotografia da Família Braulio Oliveira aproximadamente ano de 1919 perto da cascata do arroio Itaquarinchim. Através dela analisamos diversas
variáveis e perspectivas daquela época.
Nosso imaginário popular observa desde sua posição social até a vestimenta e
como não poderia faltar a clã Família. E hoje iremos discorrer sobre a Família
que está sendo discutida pelos quatro cantos do universo. Buscamos alguns dados
interessantes que iremos transcrever
respeitando suas pesquisas realizadas.
Corrêa (1982) relata que a família patriarcal é a imagem
mais representativa no Brasil, sendo um modelo fixo onde os integrantes apenas são substituídos no
decorrer das gerações. Na história brasileira, esta família sempre foi vista
como uma instituição que impôs normas e valores morais desde o Brasil Colônia (SAMARA, 2002). Na família
patriarcal, as práticas sociais como a submissão da mulher e o casamento entre
parentes eram consideradas como forma de demonstrar a importância da linhagem e
de seu contexto histórico dentro da sociedade da época (JOSÉ FILHO, 1998,
p.47). Assim, o modelo de família
patriarcal descrita na literatura brasileira clássica estabelece um conceito
único e cristalizado sobre a família, no qual as relações eram caracterizadas
pela autoridade do chefe de família sobre os negros e sua submissa família
(SOUZA; BOTELHO, 2001).
A transformação dessa
família patriarcal ocorreu devido ao avanço da industrialização, sendo trocada
pela família conjugal moderna, típica do
mundo urbano e reduzida ao casal com filhos. Neste caso a relação conjugal já
não possui mais em sua essência a manutenção de uma propriedade comum ou de
interesses políticos, mas agora sua essência está voltada também para a
satisfação de impulsos sexuais e afetivos (CORRÊA, 1982).
Para Mello (2000), o modelo da
família nuclear tradicional, marcada pela figura do pai como chefe de família e
pela mãe que vive em função da educação dos filhos e do zelo pela casa, é
aclamado pelas pessoas e até mesmo pela mídia, que o veicula como um modelo
ideal de família. Segundo as pesquisas
realizadas por Romanelli (2000), pode-se
notar que algum tempo atrás o relacionamento entre pais e filhos era exercido
pela autoridade parental, o que acabava por ocultar e até mesmo distanciar todo
tipo de afetividade. Em tais tipos de relacionamento, frutos do modelo
hegemônico de família nuclear, a ação socializadora do pai estabelece uma diferença com a ação socializadora da mãe,
porque o pai está mais associado com a ação, enquanto que a mãe está associada
com a passividade, característica feminina de tempos mais remotos. A
incumbência da mulher de preparar seus filhos para a sociedade é mediada entre
a autoridade e a afetividade que já é decorrente do vínculo entre mãe e filho
desde o período da gestação.
De acordo com toda essa mudança
de estrutura familiar, juntamente com a entrada da mulher no mercado de
trabalho, o homem passou a participar
mais da educação e dos cuidados com o filho. Esse fator então, propiciou uma
melhoria tanto para os filhos como para a mulher que passou a obter maior apoio do homem na
participação na vida dos filhos. Isso evidencia a superação do homem que passou
do papel de provedor familiar, para um papel de maior engajamento na educação 3
dos filhos, favorecendo então, a qualidade do
envolvimento com sua prole (CIA et al., 2006).
Apesar das mudanças observadas
nas concepções de família, as pessoas
demoram a se modificar e, para completar, hoje coexistem vários modelos de
família que podem ser explicados por alguns fenômenos sociais como: o aumento
de casas formadas por pessoas que não são da mesma família; diminuição da
quantidade de pessoas por família; crescimento dos divórcios; crescimento de
casais sem filhos; “hierarquias” que anulam o padrão da típica família nuclear, como por exemplo, quando a
mulher é o “chefe” da casa (CARVALHO; ALMEIDA, 2003).
Bilac (2000) também faz uma
reflexão acerca dos diferentes estilos familiares que correspondem a novos
papéis saindo do padrão de parentesco.
Essas novas mudanças estão ocorrendo devido às transformações no mundo da
mulher, o que afeta também o papel masculino. Tais mudanças observáveis podem
levar a conclusão do fim do modelo familiar institucional, o que pode guardar uma forte relação com o
individualismo presente na contemporaneidade.
Ao fazer um retrospecto a
respeito da história do município no qual a já no século XIX, a cidade se tornara grande em artesanato, produção No
período de 1910, predominavam as
oficinas artesanais conjugadas às casas, que produziam selas, arreios,
chinelos, calçados, botas, entre outros. O trabalho era totalmente manual, com
a utilização do “prego e da banqueta”.
O trabalho a domicílio,
característico da fase pré-fabril do capitalismo, persistiu por muito tempo
como forma produtiva predominante na indústria.
Segundo
Emaneuel Souza a Família Contemporânea está assim dividida: A Família Monoparental é aquela formada pelos filhos e
apenas um dos genitores, ou seja o pai ou a mãe.
A Família Nuclear é o tipo mais comum de família. É
o grupo formado pelo casal e filhos.
A Família
Conjugal, aquela em que os papéis sociais de gênero
resultam em igualdade entre o casal quanto as decisões para com a família e nas
responsabilidades na criação dos filho e na administração da casa.
Quando se formam novos casais que
reúnem pessoas que já tem filhos e todos coabitam, o casal e os filhos de
casamentos anteriores, nasce aquilo que é chamado de Família recomposta.
A Família Extensa, esta corresponde ao “esticamento” da família em direção
gerações anteriores ou posteriores à família nuclear. Por exemplo, quando os
pais de um parceiro do casal passa a coabitar com a família nuclear ou quando
um dos filhos forma sua família e coabita na casa de sua família nuclear original.