terça-feira, 2 de agosto de 2011

OS TRÊS TEMPLOS NO MESMO ESPAÇO EM TEMPOS DIFERENTES



 A Pintura realizada através da gravura divulgada por Furlong,João Carlos Baptista artista plástico residente no Rio de Janeiro.

O templo da redução de Santo Ângelo Custódio está registrada através de uma fonte iconográfica segundo Furlong e é do ano de 1890. Em Santo Ângelo no século XIX por aqui passaram Avé- Lallemant ,Saint- Hilaire e Hemetério Silveira.

Auguste de Saint- Hilaire, assim descreveu o templo da redução: “ A única diferença apresentada pela igreja de Santo Ângelo, está em sua posição, pois, no mais é perfeitamente semelhante às de São Borja, São Nicolau, São Luiz e São Lourenço. O convento é, entretanto, menor, a praça tem mais ou menos 180 passos em quadro e além disso ainda existem algumas ruas. A igreja, o curralão e mesmo o convento estão em ruínas e das numerosas casas, seis estão praticamente habitáveis.”

No ano de 1859, Hemetério Silveira, registrou através de manuscritos os seguintes relatos: ” Aos lados da porta principal, existem dois nichos em um dos quais notava- se a estátua de pedra de Santo Inácio de Loyola, paramentado de casula com um livro debaixo do braço esquerdo, outro nicho tinha uma estátua de São Pedro Nolasco, mas estava decapitada.
 Há duas colunas menores únicas existentes das quatro que sustentam o pequeno alpendre sobre o portão de entrada para o colégio.”

Em busca de dados, constatamos que no dia 21 de novembro de 1888, foi abençoada a segunda igreja construída pelo Ramão Carrera, que utilizou as pedras do antigo templo da redução de Santo Ângelo Custódio. O padre Francisco Rositti Morandi mais conhecido naquela época, por padre Chiquinho, o Juiz de Direito da Comarca Dr. Guarita e o Coronel Bráulio Oliveira colocaram a pedra fundamental inaugurando a obra.

Em setembro de 1929, foi instalada a pedra fundamental na obra que veio substituir a antiga igreja matriz. Alexandre Martins da Rosa, Januário Fernandes, Homero Bittencourt, Geraldino Câmera e o padre Henrique Hings foram os idealizadores do projeto arrojado para a época. Em 1955 Valentin Von Adamovich e sua equipe de trabalho concluíram a fachada da igreja. E no ano de 1971, foram concluídas as torres da Catedral Angelopolitana.

O artista plástico Tadeu Martins na década de 90 deu início a pintura da SAGA MISSIONEIRA. Não teve sua obra concluída e tampouco compreendida entre os leigos em história missioneira e fiéis católicos sendo que durante missas e casamentos, uma cortina cobria o painel Saga Missioneira.

Após um ano e sete meses(sempre fechada ao público), em outubro de 2008 a Catedral Angelopolitana foi reaberta ao público com uma belíssima reforma sem vestígios do antigo legado ao patrimônio histórico. E os sinos se dobraram ao novo badalar.

Intendência Municipal, Igreja Matriz e praça Pinheiro Machado em 1900.


Intendência Municipal, cemitério e Igreja Matriz na década de 20



Catedral Angelopolitana atualmente